Nenhum jogo é perfeito. E é bastante improvável que você tenha acesso a algum jogo completamente ruim, sem nenhuma característica interessante. Mas uma espiada em qualquer conversa sobre videogames e temos a sensação que estes tons de cinza não existem: tudo é branco ou preto, zero ou um, oito ou oitenta. Se um jogo não é perfeito, ele não deve ser jogado. O grande problema deste raciocínio é que a discussão fica extremamente empobrecida, independente dos lados. Ser a voz de defesa de Unity ou Watch Dogs significa não só receber o ódio da massa como ter o dever de ignorar todos os pontos negativos, como se eles não existissem. O inverso também é um fato. Skyrim é uma peça única, mas tentar discutir alguns de seus (vários) defeitos é igualmente danoso, pois o ódio será rapidamente instaurado contra esta pessoa. Alguém já deve ter falado isto, mas está cada vez mais insuportável conversar com as outras pessoas, discutir pontos de vista. Todos não só se acham donos da razão como, muitas vezes, não possuem nem o básico para sustentar suas ideias. Vivemos a binarização da sociedade. Fla ou Flu, PT ou PSDB, Android ou iOS, PS4 ou XOne, League of Legends ou Dota 2, PC ou consoles, jogo perfeito ou uma bost... Primeiro este sentimento de “defesa” de determinada marca que já é estranho o bastante pois muitas vezes não demonstramos este interesse nem para a empresa a qual trabalhamos e, por tabela, sustentam nossas contas. Depois este interesse exagerado em mostrar que aquilo que não é o que lhe interessa é ruim, horrível, digno de pena e escárnio. Criamos então locais de conversas pobres em que qualidades são supervalorizadas e defeitos são ignorados ou o inverso em que as qualidades são suprimidas em pró de defeitos escancarados. Colocar a nostalgia então neste mix e você terá páginas e páginas de puro desespero. Esta miopia não só acaba gerando imagens distorcidas sobre jogos (e não só eles, né?) como é de uma chatice imensa, pois você já pode prever todo e qualquer comentário sobre determinado assunto. League of Legends? Haverá aquele que dirá que é jogo de menina e aquele que dirá que todos os outros jogos no estilo o copiam. Nintendo? Haverá aquele que dirá que ela está falida e só faz jogos para crianças e o que acha que a diversão só existe em seus jogos. E para piorar qualquer um que tente estar entre este 0 e 1 sente-se sempre numa corda bamba esperando o momento de ter um comentário seu interpretado de tal maneira que lhe jogue para um lado ou outro. Incontáveis são as vezes que eu já fui chamado de “ista” em meus artigos. Para qual marca? Todas elas. Já fui chamado de defensor da Nintendo, Sony e Microsoft, além de ter sido considerado hater de cada uma delas. É claro que as pessoas estão livres para terem sua opinião, mas quantas vezes elas estão baseadas apenas em “achismos” ou até em opiniões binárias de outras pessoas? Mesmo porque quanto mais um indivíduo conhece o assunto, mais ponderado será sua opinião. Acho bem improvável alguém que tenha gasto centenas de horas em League of Legends e Dota 2 não consiga listar pontos positivos e negativos dos dois jogos. Se há uma coisa que os videogames podem ensinar é evitar este tipo de raciocínio. Por anos defendi o Mega Drive de todas as formas, mais tarde consegui ver o apelo do Super Nintendo, mas hoje nem “zero”, nem “um”. Aí está o PC Engine que não me deixa mentir. Tivesse continuado na minha opinião preconceituosa teria perdido por ignorância inúmeras horas de prazer que provavelmente teriam sido gastas escrevendo abobrinha em comentários de fóruns ou vídeos por aí fonte: Hardmob
Opa, bom assunto. Tem pessoas que não tem opiniões próprias, e sim, opiniões que ele pegou de outra pessoa, grupo de pessoas ou meio de comunicação. As melhores opiniões são aquelas que a pessoa conhece sobre o que é/foi opinado e tem motivos para apresentar aquela opinião. Cada um pode ter uma opinião diferente, até porque a opinião pode se diferenciar dependendo do nível de informação e também pelo meio na qual a pessoa se insere... o/
Geralmente, isso também é orgulho, como no meu caso, infelizmente. Graças ao meu enorme orgulho, eu tenho uma imensa dificuldade em aceitar que estou errado (não perder, isso eu ainda consigo aguentar tranquilo), mesmo que alguém me prove o contrário, é muito difícil que eu assuma meu erro, para isso, eu tenho que estar com um bom-humor e olhe lá. O mesmo para pedir desculpas por ofender alguém. Infelizmente, o orgulho age assim. Ótimo texto, poderia até ter posto um "[Matéria]" no título.
Verdade. As pessoas se tornam ignorantes com aquilo que não conhece, assim formando sua própria opinião.
Muito bom. O nerdologia "O que faz um fanboy | Nerdologia 66" fala sobre o efeito halo e como ele influencia o julgamento das pessoas. Coisas como nostalgia e beleza fazem com que a pessoa generalize sua opinião sobre determinado assunto, assim fazendo esquecer dos defeitos do mesmo. https://www.youtube.com/watch?v=Pr6z7ZM1ESQ
quem me fala qual o outro programa depois da maquina virtual e do tor estalhado como emtro na dep web -'
É verdade, eu só jogo jogos que tem um grafico suber ótimo, muitas pixels e detalhes --> Minecraft #RUMOACRAFTLANDIANO Bjos.