O dólar passou a subir e voltou a ficar acima de R$ 3,90 nesta quarta-feira (28), após o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos,manter as taxas de juros próximas a zero e deixar a porta aberta para alta dos juros em dezembro, o que poderia atrair capitais atualmente aplicados em países como o Brasil. Às 16h45, a moeda norte americana subia 0,78%, a R$ 3,9271 na venda. Na mínima da sessão, a moeda norte-americana caiu a R$ 3,8653. Veja a cotação do dólar hoje. Acompanhe a cotação ao longo do dia: Às 9h09, caía 0,55%, a R$ 3,8752. Às 9h49, subia 0,1%, a R$ 3,9008. Às 10h09, recuava 0,23%, a R$ 3,8877. Às 10h29, subia 0,08%, a R$ 3,90. Às 11h09, caía 0,25%, a R$ 3,8871. Às 11h49, caía 0,34%, a R$ 3,8835. Às 12h39, caía 0,6%, a R$ 3,8732. Às 13h09, caía 0,67%, a R$ 3,8708. Às 14h05, caía 0,92%, a R$ 3,8611. Às 14h30, caía 0,58%, a R$ 3,8743. Às 14h50, caía 0,71%, a R$ 3,8691. Às 15h15, caía 0,51%, a R$ 3,8770. Às 15h45, caía 0,45%, a R$ 3,8795. Às 16h05, caía 0,72%, a R$ 3,8690. Às 16h25, subia 0,91%, a R$ 3,9323. "A probabilidade de o Fed elevar os juros em dezembro cresceu", disse à Reuters o economista da 4Cast Pedro Tuesta, referindo-se à próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). Após reunião de dois dias, o Fed informou que ainda está monitorando os desenvolvimentos econômicos e financeiros no exterior, mas não repetiu que os riscos globais terão impacto provável na economia dos EUA, como havia advertido na reunião anterior, em setembro. A omissão marcou uma suavização no tom quando comparado ao comunicado do mês passado. "O mercado está corrigindo posições que havia assumido porque considerou que o tom do Fed seria 'dovish'. Mas, por outro lado, a menor preocupação com a economia global é algo positivo", acrescentou Tuesta. Investidores têm ficado às margens do mercado nos últimos dias, afetados pelo quadro local incerto. O baixo volume de negócios, por sua vez, deixa o mercado mais sensível a operações pontuais. Na véspera, o governo previu que o setor público consolidado fechará o ano com déficit primário de cerca de R$ 50 bilhões, mas esse número pode piorar ainda mais se houver frustração de receitas e contabilizar o pagamento das chamadas "pedaladas fiscais". Por que expectativas de alta nos juros dos EUA fazem o dólar subir? Juros mais altos nos Estados Unidos atrairiam para aquele país recursos aplicados atualmente em outros mercados, como o Brasil. Com o país mais atraente para investimentos, aumentaria a demanda por dólares - fazendo assim seu valor subir em relação a moedas como o real. A deterioração das contas públicas do país tem alimentado preocupações com a possível perda do selo de bom pagador do país com outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's. "Com o giro fraco de negócios, qualquer operação maior pode intensificar a volatilidade", escreveu em nota a clientes, mais cedo, o operador da corretora Correparti Guilherme Esquelbek. Nesta sessão, o anúncio da decisão do Fed, que saiu às 16h (horário de Brasília), também serviu de argumento para prudência. O banco central norte-americano manteve sua taxa de juros perto de zero, o que tende a favorecer mercados emergentes, mas dê uma sinalização mais contundente sobre quando pretende dar início ao primeiro ciclo de aperto monetário em cerca de uma década. Na véspera, a moeda norte americana caiu 0,51%, a R$ 3,8969 na venda. No mês, o dólar acumula queda de 1,73%. No ano, há valorização de 46,57%. Ação do BC Nesta manhã, o Banco Central brasileiro deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos, equivalentes a venda futura de dólares. Até agora, a autoridade monetária já rolou 9,727 bilhões de dólares, ou cerca de 95% do lote total, que corresponde a 10,278 bilhões de dólares. Em dezembro, vence o equivalente a 4,832 bilhões de dólares em contratos de swap cambial.