/CC/ - um dos melhores gt's já feitos GT – Pior tipo de morte >eu tinha 3 anos >uma amiga da minha mãe vem nos visitar >junto com ela vem a filha dela, mesma idade que a minha >começamos a brincar juntos >a mãe dela fala para minha mãe que elas vão morar no mesmo prédio que a gente >todo dia a gente brincava >nossas mães falavam que a gente ia se casar quando crescêssemos >agora tenho 7 anos >eu e a Morgana estudamos juntos >somos tipo, melhores amigos >só que as vezes não me sinto bem quando vejo ela perto de outros garotos >agora estou com 10 anos >continuamos morando no mesmo prédio e estudando juntos >continuamos muito próximos, muito mesmo >até que eu percebo que eu tenho um sentimento diferente por ela >esse sentimento é único, nunca senti com nenhuma pessoa antes >e pensando bem, tenho esse sentimento dentro de mim faz tempo >acho que sou apaixonado por ela >apenas deixo isso em segredo comigo e continuo tudo normal >fiz 14 anos >ela não mora mais no mesmo prédio que eu, mas ainda continuamos estudando juntos >caramba, como sou apaixonado por essa menina >eu devia contar a ela o que sinto >mas talvez seja melhor não, não quero perder essa amizade >e se eu falar e ela não gostar de mim, como que fica... >15 anos >já não somos tão colados como antigamente, mas continuamos amigos pra caramba >ela vai dar a festa de 15 anos >e claro que eu fui convidado >nesse tipo de festa sempre tem o momento da dança >então pensei que poderia ser minha chance >iria poder dançar com ela, e poderia dizer a ela tudo o que eu sinto >caramba, nem acredito que vou falar o que sinto para ela >a tantos anos tenho isso guardado dentro de mim >vou todo arrumado para festa >como nossas mães são muito amigas é normal que eu conheça boa gente da família dela >falo com eles e tudo de boa >caramba! Como ela esta linda! >começa todo aquele bagulho da festa e tal... >até que chega o momento da dança >coloque essa música: https://www.youtube.com/watch?v=rEYZoqv0ANc >ela dança com o pai e o primo >depois abre espaço para quem quiser dançar com ela ir >nessa hora fiquei nervoso pra cacete >mas já tinha me decidido e essa é a oportunidade >quando eu estou para dar o primeiro passo >vejo um cara já quase chegando nela >eles começam a dançar >depois que eles pararam, denovo rolou a oportunidade >mas sei lá, ver eles dançando >esse tempo que fiquei parado olhando >resolvi não ir >eu iria puxar ela pra um canto e contaria a ela >começo a procurar ela discretamente >até que vejo o que não queria ver >ela beijando o cara com quem tinha dançado >caramba, como aquilo me deixou mal vei, fiquei muito mal mesmo >fui para casa na mesma hora >nem peguei um pratinho da festa para levar pra casa >chorei >pensei em várias coisas >chorei mais >dormi >acordo e tenho mensagem dela no celular >pergunta porque fui embora sem me despedir >falei que estava passando meio mal >ela acredita >logo depois ela me conta que gosta daquele cara e que talvez eles namorem >eu mando: “nossa, muito legal, espero que der tudo certo” >ela agradece >choro mais >começo a pensar em como minha vida é uma merda >a gente na adolescência pensa que nossos problemas são os piores que poderia ter e que ninguém nunca passou pelo que passamos. Hahahahaha >estou com 17 anos >ultimo ano da escola >ainda amo a Morgana >ela esta namorando >não com o cara da festa de 15 anos, esse já é outro >ainda estudamos juntos e somos amigos >no ultimo dia de aula a turma iria fazer uma festa >todo mundo tinha direito de levar uma pessoa >ela leva o namorado dela >e eu levo meu gato, o spike >galera rir e curtem o spike >na festa, Morgana fala para mim que sempre seremos amigos e que sou muito especial para ela, e que ela sempre ira me levar no coração >digo igualmente >caramba, como aquelas palavras me mataram e me fizeram nascer >é muito louco esse tipo de sentimento >estamos com 22 anos >eu curso biologia, estou quase no fim >ela esta fazendo arquitetura >nos não nós vemos todo dia >na verdade, desde que terminamos o ensino médio que paramos de nos ver todo dia >mas pelo menos uma ou duas vezes no mês a gente se encontrava >durante esse tempo ela tinha terminado o namoro >então eu pensei “caramba, agora é minha chance, tenho que falar o que sinto pra ela” >só que nunca falei >apenas deixo guardado comigo >vai ter uma calourada, ela vai e me chama >digo que irei >agora é minha chance >por Goku, eu irei conseguir falar o que sinto >chegamos lá >muita gente >chega um cara querendo ficar com ela >já fico mó puto vei >ela recusa e diz que não vai ficar com ninguém, que so quer se divertir com seus amigos >estamos em um grupo grandinho >foi muito divertido >mas novamente, não falei o que sinto para ela >cacete, sera que algum dia irei contar? >26 anos >irei começar o doutorado >ela esta trabalhando em uma empresa ae >ainda somos amigos >nos falamos uma vez a cada 15 dias, mais ou menos >nos vemos tipo 1 vez a cada dois meses >mas ainda somos bons amigos >sempre bom esses momentos com ela >falamos sobre tudo >menos o que sinto por ela >ela me conta que esta afim de um cara que ela conheceu >fico triste, mas disfarço >digo a ela que ela não deveria guarda dentro dela o que ela sente, ela tem que colocar para fora seus sentimentos, pois falar o que sente é uma forma de demostrar amor também >ela fica feliz com as palavras e diz que ira fazer isso >ela me da um abraço, e que abraço >eu dando um conselho desses a ela e eu mesmo nunca segui >estou com 32 anos >nesse exato momento, estou indo para o casamento da Morgana >ela vai se casar com aquele cara >passo a cerimonia toda, quieto, pensando muito >perdido nos meus próprios pensamentos >na festa do casamento dela, ela vem falar comigo >diz o quanto fui e ainda sou especial para ela >que nos crescemos juntos, e passamos por tudo juntos >ela diz que me quer ao lado dela pro resto da vida >fico feliz com as palavras >depois que você amadurece, você começa a entender melhor os sentimentos dos outros por você >e de alguma forma, isso lhe deixa feliz >eu pego, e falo brincando >”imagina se fosse nos dois se casando. Haahah” >ela começa a rir e diz que nem consegue imaginar isso >mãe dela vem falar comigo >conversamos, até que ela diz >”sempre achei que você e a Morgana iriam namorar e se casar” >fico quieto >ela me pergunta se alguma vez já gostei da filha dela >digo que não, que ela sempre foi como uma irmã para mim >34 anos >irei ser padrinho do primeiro filho dela >fico muito feliz pelo convite, de verdade >lá na festa pelo filho dela, a gente começa a conversar >ela me diz >”sabe, eu gostava de você no tempo de escola” >”até no período da faculdade, quando estava solteira, pensei que a gente poderia ficar juntos” >”mas eu nunca fiz e nem falei nada, porque não queria estragar a amizade >”ainda bem que fiquei quieta, né?” >respondo que sim >e caraca, aquilo ficou na minha cabeça... >passei tanto tempo pensando nisso >pensando que ela gostava de mim >que droga >pensei até em contar para ela sobre meus sentimentos >mas achei melhor não >estou com 60 anos >nem lembro a ultima vez que vi a Morgana >mas nem por isso me esqueci dela >começo a assistir um programa na tv >sobre os piores tipos de morte possível >falam sobre morrer afogado, queimado, com facadas, enforcado... >em um certo momento, uma pessoa da plateia vai falar >”para mim, pior tipo de morte é você morrer sem nunca ter falado que amou aquela pessoa” >chorei >chorei muito >caramba, como sou idiota >começo a pensar em tudo >quantas vezes eu tive a chance de falar para ela o que sinto? >eu deixei todas passarem por medo >um medo bobo >como eu pude ser tão idiota >eu poderia nesse momento estar com ela >poderíamos ter nos casado >poderíamos ter filhos juntos >mas por causa do meu medo >pelo fato de eu ser fraco >não sei como vou me perdoar por isso >... >... >... >me lembro de uma frase que me marcou >”nunca é tarde para tentar” >na mesma hora, pego meu telefone e ligo para ela >pergunto se a gente poderia se encontrar >ela pergunta, o porquê disso tão de repente >digo que estou com saudades de alguém que é tão especial para mim >ela ri e aceita >nos encontramos em um restaurante >começamos a conversar >falamos sobre nosso passado >falamos sobre tudo >foi tão incrível esse momento com ela >e percebi que eu ainda a amo >então digo que preciso contar uma coisa a ela >ela então fica quieta, e presta atenção >falo que eu sempre a amei, e que continuo amando ela >ela fica em silencio >falo que sei que agora é tarde para isso, pois não ficaremos juntos, pois ela tem uma família e esta muito feliz >mas digo que eu precisava dizer isso, antes que não tivesse mais nenhuma oportunidade >ela continua em silencia >depois de um tempo ela fala >então conversamos sobre isso >ela fala que se eu tivesse falado isso para ela quando éramos novos... >conversamos mais sobre >fomos embora >depois desse dia, nunca mais a vi >acho que por escolha minha mesmo >mas ainda sou presente na vida dela e ainda somos amigos >ainda nos falamos, por telefone >o filho dela, meu afilhado me visita as vezes >mas caramba, como me sinto bem >estou tão bem comigo desde que falei para ela tudo que sinto >se eu soubesse que iria me sentir assim iria ter falado desde a primeira vez >não guarde esse sentimento dentro de você, não deixe o medo te dominar. Fale, a pessoa precisa sabe o que você sente, não fique querendo que ela adivinhe ou descubra. Você precisa falar enquanto tem chance, enquanto tem oportunidade. Claro que não é porquê você se declarou que a pessoa vai ficar contigo, possa ser que essa pessoa não queira nada, mas você precisa ser sincero com a pessoa e principalmente com você. Não deixe o medo fazer você perder uma coisa que pode se tornar especial. Se tem alguém de quem você gosta mesmo, fale. Pois a partir do momento que você falar como se sente, ira se sentir melhor
Chorei...Excelente GT Da um medo de dizer o que sente pra pessoa que não sente nada por você...Mas fazer o que né.. ;-;
Holy, pesado. Eu não sei se fico triste ou feliz por o personagem da historia se sentir bem por ter contado tudo pra ela. Achei ótima, as vezes deu pra me identificar com o personagem sobre a historia em si. Bem profundo.