1. Lampreia A lampreia é o nome usado popularmente a várias espécies de peixe originárias de águas doces. Pertencentes à família Petromyzontidae e à ordem dos Petromyzontiformes, elas amedrontam pelo fato de possuírem bocas com o formato de ventosas recheadas de linhas circulares de “dentes”. Apesar de assustadora, a lampreia oferece um “risco muito pequeno para as pessoas”, é o que afirma Joseph Zydlewski, pesquisador do Serviço Geológico dos Estados Unidos. “A lampreia precisaria permanecer um bom tempo anexada ao nosso corpo para poder perfurar a pele e se alimentar — e nós temos mãos. Jamais deixaríamos uma lampreia grudada tempo suficiente para isso”, complementa o estudioso. 2. Aranha chicote A aranha chicote na verdade não é uma aranha. O amblipígio, seu nome “formal”, é um aracnídeo que faz parte da mesma classe das aranhas, escorpiões e carrapatos. Seus olhos pequenos, pernas finas e corpo bulboso proporcionam uma aparência um tanto quanto asquerosa, mas ela é totalmente inofensiva. “As aranhas chicote não possuem glândulas de veneno e muitas espécies são bastante passivas”, explica Eileen Hebets, bióloga da Universidade de Nebraska-Lincoln especializada em pesquisas sobre o amblipígio. “Geralmente, eu coleto animais que estão fixados em troncos de árvores pinçando-os com dois dedos e, em seguida, usando meu polegar por baixo dos seus corpos para retirá-los das árvores. Apesar desta abordagem intrusiva, nunca sofri nenhuma tentativa de ataque dessa espécie”, finaliza a pesquisadora. No Brasil, existem aproximadamente 13 espécies catalogadas, as quais se concentram na região norte e no Mato Grosso do Sul por originalmente ocuparem florestas tropicais e subtropicais. Contudo, as aranhas chicote mostram ser bastante adaptativas, pois podem viver em ambientes áridos, como desertos, e até serem encontradas em cavernas. Por fim, uma curiosidade sobre esse animal é que ele aparece em “Harry Potter e o Cálice de Fogo”, quarto título da aclamada série de filmes — escolhido provavelmente por sua aparência exótica. Nele, o professor Alastor Moody exibe um amblipígio durante uma de suas aulas de bruxaria. Contudo, ele faz um comentário errôneo ao dizer algo como “Mas se ela picar… Ela é letal!” — o que já aprendemos que não é verdade. 3. Morcego orelhudo de Townsend Corynorhinus townsendii, popularmente conhecido como “morcego orelhudo de Townsend”, é uma espécie comumente encontrado na América do Norte (México, Estados Unidos da América e Canadá). Embora tenham essa cara feiosa e façam umas caretas amedrontadoras, “esses morcegos nunca atacariam uma pessoa, não há nenhuma razão para eles fazerem isso”, assegura Micaela Jemison, ecologista e dona de um blog chamado The Inverted Perspective. “Eles só chegariam perto de seres humanos caso estivessem caçando os insetos que, por exemplo, estariam em torno de luzes de lanternas ou câmeras. Os morcegos fazem um grande serviço no controle de insetos, como mosquitos e pragas agrícolas. Eles são uma parte importante do nosso meio ambiente”, adiciona ela. 4. Tubarão-duende É inegável que seus 5 metros de comprimento, o longo nariz em forma de faca e os maxilares salientes repletos de dentes no formato de agulha dão ao Mitsukurina owstoni uma aparência horrenda. Porém, segundo Chip Cotton, ecologista de pesca da Universidade Estadual da Flórida, a probabilidade de um tubarão-duende atacar um humano é baixíssima. “Eles vivem no fundo do oceano, mais de 200 metros de profundidade, onde encontrar uma pessoa é bastante difícil”, menciona o estudioso. E vários outros registros, feitos nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico, indicam que essa espécie costuma ir ainda mais fundo: cerca de 1.200 metros. “Existem registros raros nos quais eles apareceram em águas mais rasas, mas eram animais doentes ou que estavam morrendo. O estado deles era tão debilitado que mal podiam nadar, muito menos tinham capacidade de atacar um humano”, acrescenta Cotton. O tubarão-duende é tido como um dos mais antigos tubarões existentes no mundo, se alimentando basicamente de lulas, camarões, polvos e outros moluscos. Exemplares dessa espécie já foram encontrados no Brasil. O ocorrido mais recente é datado de 22 de setembro de 2011, quando um barco de pesquisa acabou capturando o animal a 400 metros de profundidade na costa do Rio Grande do Sul. O animal foi levado para o Museu Oceanográfico da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG). 5. Caranguejo-dos-coqueiros É impossível ao menos não ficar receoso na presença de um caranguejo-dos-coqueiros, animal muito comum em ilhas tropicais dos oceanos Índico e Pacífico que se alimenta de vegetais, incluindo cocos. Ele é o maior artrópode terrestre do mundo, podendo chegar a um metro de comprimento de ponta a ponta de uma perna a outra e pesar mais de 4 KG. Apesar de todo esse tamanho, Jakob Krieger, pesquisador da Universidade de Greifswald, garante que “eles não são agressivos” e que são “criaturas comparáveis aos jabutis de tão lentos”. Outra peculiaridade dessa espécie é sua longevidade: um caranguejo-dos-coqueiros pode viver cerca de 100 anos. A única precaução em relação a esse animal é evitar contato, afinal de contas suas grandes garras possuem força suficiente para abrir cocos — e você pode imaginar o estrago que elas fariam em uma mão ou dedo. Portanto, se você encontrar um desse crustácio, não tente tocá-lo ou segurá-lo.
Boa matéria, mas na próxima, mexe mais na formatação pra n ficar tanto ctrl c + ctrl v, fora isso fico bom