Olá, como esta chegando a hora de muitos aqui fazerem o ENEM, e até mesmo eu. Resolvi disponibilizar para vocês uma "apostila de redação" que o meu professor de literatura nos passou para ter uma melhor argumentação em sua redação.
Você deve estar se perguntando, devo confiar nisso?
R: Bom essa é uma apostila para você melhorar seus argumentos, então seria interessante visualiza-la.
OBS: Vou estar postando um tópico desses a cada 2 dias, como ela é bem grande a cada tópico eu posto mais um pouco até terminar. Espero que ela ajude vocês.
A redação deve ser bem escrita, mas também apresentar riqueza de conteúdo. É aí que a argumentação se faz determinante para uma boa nota. Mas o que é um argumento?
Segundo o Dicionário Aurélio (2010), “Argumento: s.m. (Do latim, argumentum = brilho; aquilo que ilumina). Meio ao qual se recorre para convencer alguém”. Observe os exemplos:
a) A administração anterior do Candidato “X” foi péssima. Há vários exemplos que comprovam isso.
B) A administração anterior do Candidato “X” foi péssima porque deixou dívidas de mais de R$ 1 milhão junto ao Banco do Brasil S/A, deixou de pagar mais de R$ 2 milhões a fornecedores, acumulou dívidas de mais de R$ 5 milhões por inchar a folha de pagamento com cargos nomeados de afilhados políticos e desestruturou toda a Administração Pública até então conseguida.
Qual das afirmações acima foi a mais convincente: “a” ou “b”? Por quê?
O argumento é essencial no momento da construção textual para comprovar a ideia e convencer o leitor de que esta é a mais coerente.
Há etapas a ter em conta na elaboração de uma boa argumentação:
1.º - A constatação de um problema filosófico:
É geralmente um problema apresentado no enunciado da questão, pertinente e susceptível de discussão, que dá origem a um debate, ao confronto de perspectivas.
“Serão legítimas as experiências médicas em chimpanzés em prol da saúde humana?"
2.º - A Apresentação da tese:
Ao apresentar a tese, transmite-se ao interlocutor a posição assumida, ou contra, ou a favor, perante o problema levantado.
"É mais correto acabar com essas experiências e por razões éticas e biológicas, que se passa a descrever (...)"
3.º - A Apresentação dos argumentos:
Nesta fase, explica-se ao interlocutor por que razão se defende a tese apresentada, enumerando os argumentos que a suportam, de modo a convencê-lo.
"Primeiro, se os mamíferos com sistema nervoso desenvolvido sentem dor e estresse, não sendo correto infligir-lhes dor, sendo o chimpanzé um mamífero superior, não é eticamente correto fazê-lo sofrer. (...)
Segundo, se as experiências com animais não são totalmente fiáveis, sendo desnecessárias, nada garante que as experiências realizadas em chimpanzés darão o mesmo resultado nos seres humanos. Logo, tornam-se supérfluas. (...)
Terceiro, se não se é capaz de intencionalmente magoar quem é aparentado geneticamente e se os chimpanzés partilham cerca de 99,5% do DNA humano, então não se permite magoar estes animais que tanto se assemelham ao homem. (...)"
4.º - Conclusão em que se reforça a tese inicial:
Nesta última fase, reforça-se a ideia principal do discurso, já que será provavelmente aquela que perdurará na memória do interlocutor.
"Assim sendo, considera-se necessário repensar a forma de experimentação de medicamentos para se evitar o sofrimento animal. (...)”
Para fazer uma boa redação, é importante defender bem as ideias com argumentos relevantes. Pode ser a primeira, mas com certeza, não será a última vez que você lerá esta sobre senso comum. Em qualquer texto pelo qual você será avaliado, este aspecto contará. Portanto, não se pode ignorá-lo. Pelo contrário, deve-se fugir dele sempre.
O que é senso comum? "É aquilo que você está cansado de ouvir. São as explicações esdrúxulas sobre um tema, altamente reproduzidas pelos meios de comunicação em massa e facilmente contra-argumentadas", responde o Doutor em Letras e professor de redação da Faculdade Cásper Líbero, Welington Andrade.
Isto é, deve-se ficar o mais longe possível dos clichês. O professor que estiver avaliando sua redação não quer ler o que ele escuta ao pegar o ônibus ou ao ligar a televisão. Ele quer conteúdo diferenciado.
Por exemplo, o Brasil ser o país do futuro é um clichê. Escuta-se isso em todo o lugar e é fácil de rebater esta ideia. Argumentos consistentes demandam conhecimento. Não se pode escrever em sua redação o que todos já estão cansados de saber. Portanto, pense primeiro antes de escrever. Meu argumento tem validade? É fácil de ser rebatido? Em quem estou me baseando para argumentar? Em Einstein ou na novela da Globo?
Observe os clichês mais comuns em redação:
* “Alcoólatras são todos vagabundos”;
* “No Brasil, político algum presta”;
* “Todo rico é avarento”;
* “Fumar, só de vez em quando, não faz mal a ninguém”;
* “Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”.
O que fazer, então, para fugir do senso comum que tanto desvaloriza uma redação? Saber usar os principais tipos de argumentos:
Argumento de Autoridade:
É a palavra de um especialista no assunto. Quando não se é este especialista, recorre-se a um terceiro. Em concursos e exames como o ENEM, por exemplo, os argumentos de autoridade são muito valorizados nas redações.
O candidato que citar, em um texto sobre preconceito, que Einstein já dizia: “é mais fácil dissolver um átomo que acabar com um preconceito”, certamente terá um diferencial em sua nota. O mesmo vale para aquele que citar obras e passagens de textos que tratam do tema. Assim, recorre-se a terceiros mais habilitados para falar do assunto.
O ENEM também privilegia os Direitos Humanos. Portanto, sempre é viável citar o Artigo I da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
“Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos”.
Ou o Artigo III:
“Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”.
Argumento baseado em provas concretas:
É aquilo que definitivamente comprova uma ideia. Equivale aos exemplos citados em uma redação escolar para dar corpo à abordagem do tema solicitado.
De nada adianta mencionar, em um texto sobre ética política que, no Brasil, há vários casos de falta de ética, sem ao menos citar dois ou três deles especificamente.
Argumento baseado no consenso:
Também chamado de “argumento universal”, trata de um poderoso meio de argumentação, pois é a ideia que todos aprovam e aceitam indiscutivelmente.
Do mesmo modo que o argumento de autoridade, é responsável por atribuir maior peso na avaliação de redações em concursos e exames como o ENEM. Dizer, por exemplo, que se deve preservar a água, já que sem esta ninguém vive, é um argumento baseado no consenso por mais óbvio que pareça.
Deixe suas críticas, sugestões e se tiverem o seu elogio.
Você deve estar se perguntando, devo confiar nisso?
R: Bom essa é uma apostila para você melhorar seus argumentos, então seria interessante visualiza-la.
OBS: Vou estar postando um tópico desses a cada 2 dias, como ela é bem grande a cada tópico eu posto mais um pouco até terminar. Espero que ela ajude vocês.
ARGUMENTAÇÃO NA REDAÇÃO
A redação deve ser bem escrita, mas também apresentar riqueza de conteúdo. É aí que a argumentação se faz determinante para uma boa nota. Mas o que é um argumento?
Segundo o Dicionário Aurélio (2010), “Argumento: s.m. (Do latim, argumentum = brilho; aquilo que ilumina). Meio ao qual se recorre para convencer alguém”. Observe os exemplos:
a) A administração anterior do Candidato “X” foi péssima. Há vários exemplos que comprovam isso.
B) A administração anterior do Candidato “X” foi péssima porque deixou dívidas de mais de R$ 1 milhão junto ao Banco do Brasil S/A, deixou de pagar mais de R$ 2 milhões a fornecedores, acumulou dívidas de mais de R$ 5 milhões por inchar a folha de pagamento com cargos nomeados de afilhados políticos e desestruturou toda a Administração Pública até então conseguida.
Qual das afirmações acima foi a mais convincente: “a” ou “b”? Por quê?
O argumento é essencial no momento da construção textual para comprovar a ideia e convencer o leitor de que esta é a mais coerente.
Há etapas a ter em conta na elaboração de uma boa argumentação:
1.º - A constatação de um problema filosófico:
É geralmente um problema apresentado no enunciado da questão, pertinente e susceptível de discussão, que dá origem a um debate, ao confronto de perspectivas.
“Serão legítimas as experiências médicas em chimpanzés em prol da saúde humana?"
2.º - A Apresentação da tese:
Ao apresentar a tese, transmite-se ao interlocutor a posição assumida, ou contra, ou a favor, perante o problema levantado.
"É mais correto acabar com essas experiências e por razões éticas e biológicas, que se passa a descrever (...)"
3.º - A Apresentação dos argumentos:
Nesta fase, explica-se ao interlocutor por que razão se defende a tese apresentada, enumerando os argumentos que a suportam, de modo a convencê-lo.
"Primeiro, se os mamíferos com sistema nervoso desenvolvido sentem dor e estresse, não sendo correto infligir-lhes dor, sendo o chimpanzé um mamífero superior, não é eticamente correto fazê-lo sofrer. (...)
Segundo, se as experiências com animais não são totalmente fiáveis, sendo desnecessárias, nada garante que as experiências realizadas em chimpanzés darão o mesmo resultado nos seres humanos. Logo, tornam-se supérfluas. (...)
Terceiro, se não se é capaz de intencionalmente magoar quem é aparentado geneticamente e se os chimpanzés partilham cerca de 99,5% do DNA humano, então não se permite magoar estes animais que tanto se assemelham ao homem. (...)"
4.º - Conclusão em que se reforça a tese inicial:
Nesta última fase, reforça-se a ideia principal do discurso, já que será provavelmente aquela que perdurará na memória do interlocutor.
"Assim sendo, considera-se necessário repensar a forma de experimentação de medicamentos para se evitar o sofrimento animal. (...)”
Para fazer uma boa redação, é importante defender bem as ideias com argumentos relevantes. Pode ser a primeira, mas com certeza, não será a última vez que você lerá esta sobre senso comum. Em qualquer texto pelo qual você será avaliado, este aspecto contará. Portanto, não se pode ignorá-lo. Pelo contrário, deve-se fugir dele sempre.
O que é senso comum? "É aquilo que você está cansado de ouvir. São as explicações esdrúxulas sobre um tema, altamente reproduzidas pelos meios de comunicação em massa e facilmente contra-argumentadas", responde o Doutor em Letras e professor de redação da Faculdade Cásper Líbero, Welington Andrade.
Isto é, deve-se ficar o mais longe possível dos clichês. O professor que estiver avaliando sua redação não quer ler o que ele escuta ao pegar o ônibus ou ao ligar a televisão. Ele quer conteúdo diferenciado.
Por exemplo, o Brasil ser o país do futuro é um clichê. Escuta-se isso em todo o lugar e é fácil de rebater esta ideia. Argumentos consistentes demandam conhecimento. Não se pode escrever em sua redação o que todos já estão cansados de saber. Portanto, pense primeiro antes de escrever. Meu argumento tem validade? É fácil de ser rebatido? Em quem estou me baseando para argumentar? Em Einstein ou na novela da Globo?
Observe os clichês mais comuns em redação:
* “Alcoólatras são todos vagabundos”;
* “No Brasil, político algum presta”;
* “Todo rico é avarento”;
* “Fumar, só de vez em quando, não faz mal a ninguém”;
* “Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”.
O que fazer, então, para fugir do senso comum que tanto desvaloriza uma redação? Saber usar os principais tipos de argumentos:
Argumento de Autoridade:
É a palavra de um especialista no assunto. Quando não se é este especialista, recorre-se a um terceiro. Em concursos e exames como o ENEM, por exemplo, os argumentos de autoridade são muito valorizados nas redações.
O candidato que citar, em um texto sobre preconceito, que Einstein já dizia: “é mais fácil dissolver um átomo que acabar com um preconceito”, certamente terá um diferencial em sua nota. O mesmo vale para aquele que citar obras e passagens de textos que tratam do tema. Assim, recorre-se a terceiros mais habilitados para falar do assunto.
O ENEM também privilegia os Direitos Humanos. Portanto, sempre é viável citar o Artigo I da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
“Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos”.
Ou o Artigo III:
“Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”.
Argumento baseado em provas concretas:
É aquilo que definitivamente comprova uma ideia. Equivale aos exemplos citados em uma redação escolar para dar corpo à abordagem do tema solicitado.
De nada adianta mencionar, em um texto sobre ética política que, no Brasil, há vários casos de falta de ética, sem ao menos citar dois ou três deles especificamente.
Argumento baseado no consenso:
Também chamado de “argumento universal”, trata de um poderoso meio de argumentação, pois é a ideia que todos aprovam e aceitam indiscutivelmente.
Do mesmo modo que o argumento de autoridade, é responsável por atribuir maior peso na avaliação de redações em concursos e exames como o ENEM. Dizer, por exemplo, que se deve preservar a água, já que sem esta ninguém vive, é um argumento baseado no consenso por mais óbvio que pareça.
Deixe suas críticas, sugestões e se tiverem o seu elogio.