Oi pessoal! 
Como estão os preparativos para o natal?
Alguns me conhecem por aqui, outros não fazem ideia de quem eu seja.
Como podem ver, eu sou a Queen, mas por trás dessa tela, eu também sou a Marianna, uma garota de 16 anos cheia de emoções desconhecidas.
Tem algo no craftlandia que eu sempre admirei, algo que não encontro pela maioria dos fóruns pelos quais já frequentei. Os membros daqui possuem objetivos, sabem o que querem, e se empenham para alcançá-los. É claro que nem todos são assim. Alguns, talvez todos, virão aqui, visualizarão a quantidade de palavras e apenas dirão "não li e nem lerei". Todos já fizemos isso um dia, não serei hipócrita, e vai ver, talvez seja melhor assim.
Hoje me encontrei um pouco confusa. Geralmente quando me encontro assim, faço coisas que não deveria, e crio uma ponte até vícios que lutei para deixar de lado. Porém dessa vez, decidi apenas escrever. Depositar o que sinto em meras palavras. Nunca pensei que pudesse funcionar, e até que deu certo. Não peço que leiam, não peço que se interessem. Peço que apenas estejam aí, para que eu saiba que existe alguém que em um dia talvez distante, leia casualmente e dê um sorriso ao se lembrar de qualquer vestígio por aqui passado.
Vou deixar o texto aqui em baixo, só por deixar mesmo. Talvez seja a maior vergonha de todos os tempos, mas talvez, só talvez, um dia você se lembre de algo que leu.
O nome define-se em 9 palavras: Why I can't smile wen I go to sleep.
Você já acordou em um dia chuvoso e se sentiu deslocado ao ver o movimento das gotas? Já sentiu uma lágrima escorrer e ao mesmo tempo não saber a razão de tal acontecimento? Por um acaso... Já se encontrou tão confuso ao ponto de se perder em pensamentos que costumavam ser banhados de simplicidade? Não é como se eu houvesse acordado assim. Me lembro de sorrir ao despertar, enchendo os pulmões a procura de um detalhe que me levasse a mais simples felicidade. E como se houvesse uma chama dentro de mim, em poucos minutos se apagou. Não sei dizer se foram mesmo minutos, afinal, quem é que está contando? Quem é que define quando o tempo deixa de ser suficiente? Dizem que nunca é tarde, mas nunca saberemos o que seria o "tarde", afinal. Se acordamos com um sorriso no rosto, por que torna-se tarefa tão complicada dormirmos com ele no mesmo lugar? O fim de mais um dia é realmente tarde demais para se ter esperança?
A definição das horas dos meus dias podem ser descritas como um quebra cabeça inverso. Mas por que inverso? Por que complicar o que aparenta ser tão simples? E é exatamente esse o ponto X da questão. Abrimos nossos olhos e desde então, nosso quebra-cabeça encontra-se completo. Aos poucos, com o passar das horas, é como se a chama fosse se esgotando, e algumas peças simplesmente começam a desaparecer. Para onde vão? E por que é tão difícil encontrá-las outra vez? Por que não podem permanecer no mesmo lugar? Quem é que ousou tirá-las dali? A frustração é tanta que ignoramos a resposta que encontra-se parada em frente os nossos olhos. As peças são retiradas a medida que a felicidade é arrancada de dentro de nós. Por quem? Por que? O que há? O que houve? Tantas perguntas a serem decifradas, tantas respostas a serem encontradas. E durante esta busca interminável, nos esquecemos o objetivo de tudo. Quem é suficientemente tolo para buscar peças que não se encaixam mais? Em certos momentos da vida, tudo o que precisamos fazer é aceitar a perda, e deixar de lado toda a dor de cabeça ocasionada por tal. É claro que dói. Sempre dói. Tudo dói. E o remédio encontra-se na busca por novas peças. Novas aventuras e novos caminhos. Inexplorados, talvez. Ou talvez memoráveis. Essa é a melhor parte entre tudo. Descobrir. Encontrar as sensações, redescobri-las pelos olhos de um novo alguém. A jornada permanece intacta, mas seu interior, com o tempo conturbado, luta com a força que lhe resta para reconstruir aos poucos aquele velho quebra-cabeça.
Certas vezes nos acomodamos demais sem pensar nas consequências. Nos esquecemos que, geralmente, tudo o que vai, volta. E é ignorando pensamentos como estes que sofremos antecipadamente. Talvez o sentido de tudo seja apenas caminhar, ser livre, apreciar o que a vida nos dá, e no fim da história, voltar para o canto de onde viemos. Quietinho, reprimido, mas finalmente, em paz. E onde é que se encontra a tal da paz, afinal? Se a encontrá-la antes de mim, rebobine a fita e venha logo me contar. A dor é sufocante, e a fraqueza transparece a necessidade do descanso, mas a busca por conforto fala mais alto. Com calma, eu chego lá. E hei de encontrá-lo no caminho. Talvez entrelacemos nossos dedos em um gesto de conforto. Talvez eu seja aquele que te causará insônia. No fim do dia, tudo não passa de um grande "talvez", e talvez seja essa maldita palavra que nos impeça de dormir com aquele sonhado sorriso com que acordei de manhã.
Gostaria de dedicar esse tópico pra Gabi (musicxlover).
Se em algum lugar você estiver aí olhando por nós, saiba que não faz ideia da falta que me faz diariamente. Não só a mim, mas a todos aqueles que te amam muito. Não há muito o que eu possa oferecer além de palavras, mas você costumava dizer a mim que elas são tão válidas quanto qualquer tipo de atitude quanta ditas através da mais plena verdade. Eu amo você.
Feliz natal a todos vocês, e que 2015 venha acompanhado de dias melhores a todos aqueles que precisem de um pouco de descanso não só ao corpo, mas também à alma.
